Para quem teve a oportunidade de apreciar as provas de atletismo dos
Jogos Olímpicos de Londres, pôde fazer uma constatação: nas provas
curtas, a maior parte das lesões ocorre nos músculos. Já nas provas
longas temos um quadro bem diferente, principalmente para os atletas de
ponta, que geralmente “quebram” por forçarem demais o ritmo, não por
algum tipo de lesão.
Apesar disso, as lesões do atleta profissional, caracteristicamente, são
as mesmas do amador. No caso do profissional, pelo excesso de treino, e
no amador, geralmente pela falta de tempo para se preparar para o
volume que treina.
As lesões mais comuns são:
Tendinopatias: mais conhecidas como tendinites, geralmente são
causadas por desvios articulares e agravadas por esforços repetitivos.
As mais comuns são a Patelar (dor na região anterior do joelho), do
Calcâneo (dor no calcanhar ou logo acima), Síndrome do trato íliotibial
ou do corredor (com dor na lateral do joelho) e Síndrome da Pata de
Ganso (dor na região interna do joelho);
Lesões musculares: geralmente o atleta refere uma “fisgada” no
músculo e neste caso, quanto mais forçar, mais vai piorar a lesão. Mais
comum na virilha (m. adutor), posterior de coxa (m. bíceps femoral) e
panturrilha (m. tríceps sural);
Fraturas de estresse: são microfraturas em estágio inicial que
podem aumentar se não forem tratadas. Acontecem geralmente na tíbia
(canela) e no II metatarso (osso do pé);
Periostite (canelite): este seria o primeiro estágio antes de uma
Fratura por estresse, a dor é parecida, mas é causada por processo
inflamatório do periósteo, tecido que reveste o osso.
Fasciíte plantar: processo inflamatório ou de espessamento da
fáscia plantar que causa dor na superfície plantar do pé (região do
calcanhar e arco do pé), geralmente o paciente refere que, ao sair da
cama de manhã, nos primeiros passos, a sola do pé está rígida e, à
medida que movimenta, vai melhorando.
Muitos atletas amadores que se preparam para fazer uma Maratona acabam
tendo dificuldade de encaixar o treino na semana de trabalho. Vemos que a
maior parte destes atletas treinam de três a quatro vezes por semana,
em treinos intervalados, fartlek, treinos longos, treinos regenerativos,
mas acabam deixando de lado uma parte muito importante do treino: o
fortalecimento. Não importa se é na musculação, pilates, treinamento
funcional, o que importa é que seja direcionado para prevenir as lesões
da corrida e para condicionar a musculatura para provas longas.
O fortalecimento pode ser direcionado para provas mais longas e provas
mais curtas e o treinador deve ser consultado sobre dúvidas, pois fazer
treino de hipertrofia para corredores de longa distância também pode
causar lesões caso a planilha de treino de força não esteja de acordo
com a planilha do macro ou micro ciclo de treino de corrida.
O mais importante durante a corrida longa é ficar atento aos sinais que o
corpo emite. No início pode ser apenas uma pequena dor adaptativa ou um
incômodo, mas se esta sensação piorar, ao invés de melhorar, o sintoma
deve ser avaliado, pois uma pequena lesão pode ser tratada em uma
semana, mas esta mesma lesão agravada pode demorar meses para ser
tratada.
(fonte: http://www.webrun.com.br/home/n/conheca-as-lesoes-mais-comuns-em-provas-longas/13997 )
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